A Gare Marítima de Alcântara, localizada na freguesia de Alcântara em Lisboa, é um edifício portuário junto à foz do Rio Tejo. Também designada por Estação Marítima de Alcântara, foi projectada pelo arquitecto Pardal Monteiro e edificada em 1943, no âmbito da modernização do PORTO DE LISBOA.
A sua estrutura é feita em betão armado e dispõe de um piso térreo e de um piso superior. Ao nível do piso superior, do lado do rio, existe um passadiço ou terraço apoiado em colunas. Esse terraço tem um comprimento bastante maior do que o edifício propriamente dito.
Viradas para o rio Tejo, as Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, construídas na década de quarenta do século XX, contam-nos hoje bastante da história do século português a que pertencem.
Primeiro, porque foram palco de partidas e chegadas numa época em cujo o transporte marítimo era a principal forma de ligação de Portugal com os seus territórios ultramarinos e demais nações estrangeiras. Depois, porque são marca, por um lado, do regime ditatorial de direita de então e cuja vontade as edificou e, por outro, do arquitecto Pardal Monteiro que as desenhou. Por último, porque nelas podemos encontrar os frescos com que José de Almada Negreiros, a convite do desenhador das gares, animou as suas paredes.
Em Março de 1903 desembarcava em Lisboa o súbdito de Sua Majestade Britânica Edward Mole, acompanhado de um pesado caixote que saído do porão da cidade de Liverpool era colocado num carro puxado a duas muares e conduzido por duas praças da Marinha, que o levaram para o Quartel de Marinheiros em Alcântara.
A colecção de fotografias antigas do Porto de Lisboa – que ronda as sete mil obras -, foi recentemente restaurada e digitalizada, num meritório projecto que alia a conservação de património público à sua disponibilização à comunidade.
No Portal da Associação dos Portos de Portugal (APP), publicam-se regularmente algumas das fotos que integram este valioso espólio.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia | Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
O Tejo tem grande navios | E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
São milhares de fotos de Portugal, divididas por concelhos e com explicações detalhadas. Para desfolhar aqui